Elas por elas, eles por elas, todos por elas

#TodosPorElas


Não é porque "elas são o sexo frágil" e também não é porque "elas ficam mais sensíveis na TPM". Lutar por elas, é necessário porque, por incrível que pareça, estamos em 2021 e mesmo assim, e os índices de violência contra mulher, que deveriam ser inexistentes, ainda são altíssimos. 

E é por isso que existe um dia internacional para lembrar que lutar pela eliminação da violência contra mulher é importante. Dia 25 de novembro é Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher.

A valorização e o respeito pela mulher deve ser uma causa de TODOS e educar a população é essencial para que possamos evoluir enquanto sociedade.

Os casos de violência contra a mulher se multiplicaram a partir da pandemia

Os casos de violência contra a mulher, que já eram assustadores, se multiplicaram a partir da pandemia. O relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública destaca que casos de feminicídio cresceram 22,2% entre março e abril de 2020, em 12 estados do país. E ainda podemos citar algumas outras estatísticas que mostram essa posição de desvantagem em nível global:

  • Uma análise recente da Organização Internacional do Trabalho, OIT, agência da ONU, mostrou dados de 115 países e concluiu que a diferença salarial média é de 14%. 
  • O mesmo estudo da OIT mostrou que cerca de 73% de todos os gerentes são homens, bem como 77% dos trabalhadores artesanais e comerciais.


Um x pode salvar a sua vida!Conheça o código que pode ser usado por mulheres para denunciar agressão

Se você é mulher e está sofrendo violência doméstica, divulgue essa campanha. Se não sofre esse tipo de violência e nem é uma mulher, DIVULGUE TAMBÉM.

Como funciona a campanha

  1. O sinal "X" feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um pedaço de papel, o que for mais fácil, permitirá que o farmacêutico  ou o atendente das farmácias e drogarias previamente cadastradas reconheça que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, promova o acionamento da Polícia Militar.
  2. O farmacêutico ou o atendente de farmácias e drogarias previamente cadastradas receberá uma cartilha e um tutorial em formato visual em que se explicam os fluxos que deverão seguir, com as orientações necessárias ao atendimento da vítima e ao acionamento da Polícia Militar, de acordo com protocolo preestabelecido.
  3. Quando a pessoa mostrar o "X", o atendente, de forma reservada, usando os meios à sua disposição, registra o nome, o telefone e o endereço da suposta vítima, e liga para o 190 para acionar a Polícia Militar. Em seguida, se possível, conduz a vítima a um espaço reservado pela farmácia, que pode ser a sala de medicamentos ou o escritório, para aguardar a chegada da polícia. Se a vítima disser que não quer a polícia naquele momento, entenda. Após a saída dela, transmita as informações pelo telefone 190. Para a segurança de todos e o sucesso da operação, sigilo e discrição são muito importantes. O farmacêutico ou atendente não será chamado à delegacia para servir de testemunha. AS FARMÁCIAS PASSAM A SER MAIS UM LOCAL PARA QUE AS MULHERES BUSQUEM SOCORRO PARA SAIR DE UMA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA. 
  4. Se houver flagrante, a Polícia Militar encaminhará a vítima e o agressor para a delegacia de polícia. Caso contrário, o fato será informado à delegacia de polícia por meio de sistema próprio para dar os encaminhamentos necessários - boletim de ocorrência e pedido de medida protetiva.


Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher 

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.


Você sabia?

  • que voto feminino só foi aprovado no Brasil em 1932 e incorporado à Constituição de 1934;
  • que as mulheres por aqui só puderam frequentar a escola básica a partir de 1927;
  • que nas universidades isso só aconteceu mais de 50 anos depois, em 1979;
  • e que de acordo com o Código Civil de 1916, a mulher só poderia trabalhar fora caso o marido lhe concedesse autorização. Foi só em 1943 que, segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas, isso mudou. 


Parece que tudo isso aconteceu há muito tempo, né? Só que não. Estamos falando de um passado relativamente recente. E se ninguém tivesse feito nenhum questionamento, até hoje viveríamos com essas limitações. Portanto, dar luz ao assunto além de ser essencial é uma questão humanitária.

3 projetos que você precisa conhecer

Abaixo destaco 3 projetos de acolhimento criados e protagonizados por elas! 

>> Mapa de acolhimento

“Nenhuma mulher deve sofrer sozinha”. Essa é a bandeira levantada pelo projeto “Mapa de acolhimento

Trata-se de uma rede de solidariedade que conecta mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero a psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária. A plataforma funciona como uma espécie de tinder da solidariedade.

É simples: profissionais das áreas da psicologia e direito se inscrevem no portal para prestar apoio, se conectando, através no mesmo ambiente, com mulheres que sofreram violência e precisam de acolhimento. Uma equipe checa os dados e localização cadastrados em um sistema automatizado que envia os contato da vítima para a voluntária mais próxima.

O portal do mapa de acolhimento também disponibiliza:

  1. Guia dos Serviços Públicos”, que elenca todos os serviços disponíveis para atendimento e acolhimento de mulheres no Brasil;
  2.  Mapa dos Serviços Públicos de Proteção às Mulheres”, com informações atualizadas sobre o funcionamento desses serviços durante a pandemia.

Você é uma psicóloga ou advogada e quer ser voluntária? Inscreva-se neste link

Também é possível apoiar o projeto através fazendo doações ou simplesmente compartilhando  a iniciativa nas suas redes sociais. 

>> Justiceiras

O Projeto Justiceiras idealizado pela promotora de Justiça de São Paulo Gabriela Manssur, fundadora do Instituto Justiça de Saia, em parceria com a advogada Anne Wilians, fundadora do Instituto Nelson Wilians e João Santos, fundador do Bem Querer Mulher, surgiu para apoiar e acolher mulheres que buscam sair da violência e reconstruir suas vidas.

É uma rede de voluntárias formada por psicologas, advogadas, profissionais que trabalham com serviço social, médicas, ou qualquer mulher que exerça outra atividade e deseje promover sororidade e acolhimento online.

Como funciona?

A dinâmica é bem similar ao mapa de acolhimento. Voluntárias se inscrevem dentro do portal “Justiceiras” se disponibilizando a prestar seus serviços e dentro da mesma plataforma, mulheres vítimas de agressão se cadastram para receber apoio. A iniciativa já conta com mais de 2 mil voluntárias cadastradas. 

Clique aqui para prestar apoio ou nesse link para solicitar ajuda.

>> #MeToo

O movimento #MeToo decolou através do engajamento de atrizes de Hollywood na luta contra a cultura de assédio sexual. Tudo começou quando o New York Times divulgou um caso envolvendo um dos maiores executivos de Hollywood, Harvey Weinstein, onde o mesmo foi acusado de cometer assédio e outros crimes contra a mulher contra dezenas de atrizes.

A atriz Alyssa Milano então propôs no Twitter que todas as mulheres que tivessem sido sexualmente assediadas ou agredidas usassem a hashtag #MeToo. A ideia era deixar clara a gravidade da situação e funcionou brilhantemente fazendo com que cerca meio milhão de mulheres subissem a hashtag nas primeiras 24 horas.

O movimento #MeToo então se multiplicou e hoje tem alcance global, contando com uma plataforma onde denúncias podem ser feitas tanto por quem foi vítima de abuso quanto por quem conhece alguma vítima e quer apoiar. As mulheres também podem usar o portal para contar histórias, dando relatos e incentivos.

Outras mulheres também podem se inscrever no portal para prestar qualquer tipo de apoio profissional.


Você pode fazer isso agora!

Desafio das Redes Sociais

Divulgue e apoie a Campanha Sinal Vermelho nas suas redes sociais. Todos podem participar!

Basta tirar uma foto sua com um X vermelho na mão - a exemplo dos cartazes da campanha - e publicar no seu Instagram ou no seu Facebook, marcando 3 amigos(as), desafiando-os a participar também.

É importante marcar @campanhasinalvermelho e @tjscoficial na sua foto.

Assim, você pode fazer parte desta corrente do bem e auxiliar uma mulher vítima de violência doméstica e familiar.

Segue a sugestão de texto (que pode ser adaptado):

"Desafio Aceito  XXXX,

Minha foto com um X vermelho na mão é pra dizer que você não está sozinha. Se você está sofrendo violência doméstica, peça ajuda. Convoco XXX, XXX e XXX a entrar nessa corrente de conscientização. Poste você também a sua foto e marque três amigos(as). #sinalvermelho @campanhasinalvermelho @tjscoficial" - Fonte: Site do TJSC 


Comece agora! #TodosPorElas